{"id":78920,"date":"2019-10-29T05:00:16","date_gmt":"2019-10-29T12:00:16","guid":{"rendered":"https:\/\/www.questionpro.com\/blog\/?p=78920"},"modified":"2019-10-29T05:00:16","modified_gmt":"2019-10-29T12:00:16","slug":"poder","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/qa-release.questionpro.com\/blog\/pt-br\/poder\/","title":{"rendered":"Poder: de que maneira o exercemos? Algumas reflex\u00f5es"},"content":{"rendered":"

Desde a cria\u00e7\u00e3o da humanidade at\u00e9 o presente, o ser humano tem estado em uma busca incessante. Mesmo quando ele nasceu no para\u00edso terrestre, onde tinha o necess\u00e1rio para viver em tranquilidade e paz, suas a\u00e7\u00f5es o levaram a ser expulso. Fil\u00f3sofos modernos, incluindo Federico Nietzsche, disseram em algum momento de sua brilhante carreira: “toda vez que conhe\u00e7o um ser vivo, descubro uma vontade de poder”. Rafael Echeverr\u00eda, em seu livro Ontology of language, destaca que: \u201co poder \u00e9 consubstancial \u00e0 vida humana. Viver para o ser humano \u00e9 inevitavelmente jogado no caminho do poder \u201d. Ou seja, todo ser humano, desde seu nascimento at\u00e9 o momento de partir para o Oriente Pr\u00f3ximo est\u00e1 em busca de poder.<\/span><\/p>\n

Rafael Echeverr\u00eda afirmou que o homem \u00e9 um ser social que precisa de outros seres humanos para criar e desenvolver todo o seu intelecto e potencial. Essa abordagem filos\u00f3fica me leva a ver o homem como um ser que se move e vive em bandos. Al\u00e9m disso, nas sociedades, o homem tamb\u00e9m mant\u00e9m uma profunda consci\u00eancia do indiv\u00edduo, de si mesmo. Essa consci\u00eancia do indiv\u00edduo sobre o coletivo o leva a querer impor seus crit\u00e9rios ou vontade aos outros; assim nasceu o desejo de poder.<\/span><\/p>\n

O jogo do poder<\/span><\/h2>\n

O mundo em que vivemos nos apresenta um enorme desafio. Com a constante mudan\u00e7a nas rela\u00e7\u00f5es sociais, tecnol\u00f3gicas, econ\u00f4micas, interpessoais, novas e r\u00e1pidas formas de comunica\u00e7\u00e3o que fazem com que nosso sentimento de perten\u00e7a seja afetado. Vemos nosso poder amea\u00e7ado sobre as coisas que nos cercam. \u00c9 a exist\u00eancia nesta vida que importa, \u00e9 o que voc\u00ea faz ou para de fazer que lhe dar\u00e1 as satisfa\u00e7\u00f5es. E, no final, saber que suas a\u00e7\u00f5es constru\u00edram um importante legado para o resto da sociedade.<\/span><\/p>\n

O escritor Michael Korda ressalta que tudo na vida se resume a um jogo de poder interessante. “O qual \u00e9 simples e seu objetivo principal \u00e9 saber o que voc\u00ea deseja e alcan\u00e7\u00e1-lo.” Este jogo \u00e9 feito sob a premissa de A Relatividade de Albert Einstein. Ela afirma que: Uma causa n\u00e3o produzir\u00e1 o efeito desejado. Mas, antes de uma a\u00e7\u00e3o que voc\u00ea desenvolver, existem milh\u00f5es de resultados poss\u00edveis e com suas percep\u00e7\u00f5es; com o contexto e com outras vari\u00e1veis ser\u00e3o que voc\u00ea decidir\u00e1 se o resultado obtido foi bom ou n\u00e3o.<\/span><\/p>\n

A concep\u00e7\u00e3o\u00a0<\/span><\/h2>\n

Nos \u00faltimos 100 anos, permearam em todos os seres humanos abordagens ideol\u00f3gicas de correntes. Essas s\u00e3o at\u00e9 contr\u00e1rias umas \u00e0s outras. Contraindo na mente do homem comum um am\u00e1lgama de cren\u00e7as difusas e limitantes sobre o que \u00e9 poder e seu uso.<\/span><\/p>\n

\u00c9 assim que a concep\u00e7\u00e3o judaico-crist\u00e3 que estabelece que o poder \u00e9 ruim. Se afirma que poder corrompe as pessoas e que o poder absoluto \u00e9 um pecado t\u00e3o abomin\u00e1vel quanto matar outro ser humano. Somando-se com a concep\u00e7\u00e3o marxista de que o poder \u00e9 de uma classe social para dominar outra classe social. Levando-os a induzir as pessoas e as empresas a sentirem muito medo do poder e das pessoas que o det\u00eam.<\/span><\/p>\n

Muitos l\u00edderes de ambas as organiza\u00e7\u00f5es empresariais, pol\u00edticos e, pior ainda, voc\u00ea, como marido ou esposa, como chefe de fam\u00edlia; desenvolveram uma rela\u00e7\u00e3o lament\u00e1vel e t\u00f3xica com o exerc\u00edcio do poder. Se eles n\u00e3o conseguem provar que est\u00e3o sacrificando pelos outros quando exercem posi\u00e7\u00f5es de poder, sentem que n\u00e3o est\u00e3o indo bem.\u00a0<\/span><\/p>\n

Os l\u00edderes<\/h3>\n

\u00c9 comum ouvir um gerente ou l\u00edder dizer: “Eu que me sacrifico tanto por voc\u00ea”, “\u00c9 muito dif\u00edcil estar ciente de tudo e de todos nesta empresa. \u00c0s vezes eu gostaria de ser um simples funcion\u00e1rio”. “Governar \u00e9 muito dif\u00edcil”, esquecendo todas as coisas que eles fazem ou fizeram para alcan\u00e7ar e manter o poder. A solu\u00e7\u00e3o \u00e9 muito f\u00e1cil. Eles renunciam \u00e0 posi\u00e7\u00e3o de quem quer assumir o poder com seus tempos dif\u00edceis e com as coisas boas que isso tamb\u00e9m implica. Esse l\u00edder t\u00f3xico gosta de ser temido; sua estrat\u00e9gia: agressividade e sua arma favorita: raiva.<\/span><\/p>\n

Para mim, a concep\u00e7\u00e3o de poder com a qual eu mais concordo \u00e9 a que conheci no in\u00edcio dos anos 2000 por Rafael Echeverr\u00eda. Ele afirma que o poder \u00e9 uma distin\u00e7\u00e3o lingu\u00edstica. Uma distin\u00e7\u00e3o que fazemos com a linguagem como ato lingu\u00edstico. A ontologia da linguagem estabelece o poder como um julgamento emitido por um observador. E, por sua vez, implica o julgamento do observador. \u00c9 a avalia\u00e7\u00e3o perceptiva da capacidade de gerar a\u00e7\u00e3o por uma pessoa do que sobre a a\u00e7\u00e3o em si referida no pr\u00f3prio ato lingu\u00edstico. De maneira pr\u00e1tica, se um gerente indicar que ele aumentar\u00e1 ou diminuir\u00e1 os ordenados e sal\u00e1rios de seus trabalhadores; as pessoas d\u00e3o mais poder a essa afirma\u00e7\u00e3o; que, se a mesma declara\u00e7\u00e3o fosse feita pelo concierge da empresa ou pelo motorista do mesmo chefe.<\/span><\/p>\n

Poder sobre os outros<\/span><\/h2>\n

Das v\u00e1rias maneiras de manifestar ou usar o poder, o que mais me fascina \u00e9 o “poder sobre os outros”. \u00c9 o relacionamento cotidiano, \u00e0s vezes espont\u00e2neo ou muito consciente; entre duas ou mais pessoas nas quais algu\u00e9m procura impor sua pr\u00f3pria palavra para o outro. Quando conversamos com outro ser humano, o impulso de dominar e impor nossos crit\u00e9rios e ideias \u00e9 sempre tacitamente. Independentemente de estarem nos pedindo ajuda ou n\u00e3o, n\u00e3o importa o quanto voc\u00ea saiba sobre o assunto que est\u00e1 sendo tratado.<\/span><\/p>\n

A maneira de exercer esse poder \u00e9 muito simples e ao mesmo tempo, dif\u00edcil. O truque \u00e9 fazer as pessoas fazerem o que voc\u00ea quer que elas fa\u00e7am e gostem, \u00e9 convenc\u00ea-las de que querem o mesmo que voc\u00ea.<\/span><\/p>\n

Lembre-se de que o poder n\u00e3o est\u00e1 em quem exerce, mas em quem o aceita.<\/span><\/p>\n

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